Amigdalectomia
Para quais casos a cirurgia de amigdalectomia é indicada?
As células do sistema de defesa são produzidas nas glândulas chamadas amígdalas. Estas glândulas nas vias aéreas superiores, são organizadas em aglomerados regionais, que compõem o anel linfático de Waldeyer. Quando estas glândulas sofrem inflamação e infecção existe certo grau de necrose seguido de cicatriz com fibrose, gerando aumento do volume da glândula com pontos de retração. Com esta irregularidade, as cavidades acumulam descamação epitelial, formando tecido necrótico, que gera infecções de repetição com processo progressivo. Assim a glândula que tinha função primaria de defesa passa a ser órgão doente com infecções de repetição.
Quais os sintomas mais comuns nestes problemas?
Infecções de repetição, engasgos, pigarro, roncos, apnéia.
Como esse tipo de cirurgia surgiu?
A cirurgia de amigdalectomia quando surgiu era realizada sob sedação com técnica de guilhotina com preensão e dissecção digital com arranchamento. Pela dificuldade de visualização e pelas complicações do controle da hemorragia, muitos pacientes tinham complicações pulmonares de pneumonia ou até mesmo morte. Gerando assim muita cautela na indicação deste tipo de tratamento. Após o avanço da anestesia e dos equipamentos de monitoração a cirurgia começou ser realizada com intubação, gerando assim mudança na técnica cirúrgica. Hoje em dia temos todo controle cirúrgico com visualização dos limites cirúrgicos que são dissecados e definidos com melhor controle dos pontos de sangramento com sutura.
Como é feita a preparação?
A preparação é feita com jejum de 8 horas para ser submetido à anestesia geral. Com o paciente em decúbito dorsal horizontal em hiperextensão cervical é introduzido abridor de boca com abaixador de língua. Colocação de gazes ancoradas para proteção das vias aéreas inferiores.
O paciente pode consumir tudo o que quiser?
Orientamos sempre evitar alimentos quentes, com cascas, ou difíceis de mastigar, que geram aumento da acidez digestiva para evitar o refluxo gástrico que inflamaria a região operada. Assim também evitar o cigarro e bebidas alcoólicas.
Precisa falar menos depois da cirurgia?
O repouso vocal no pós operatório previne a dor e diminui o risco de hemorragia.
Quanto tempo dura a cirurgia?
Varia de acordo com o problema, podendo durar de 30 minutos até 1 hora.
Como é o procedimento? Pode explicar o passo a passo?
Com o paciente em decúbito dorsal horizontal e hiperextensão cervical é introduzido abridor de boca com abaixador de língua. Colocação de gazes ancoradas para proteção das vias aéreas inferiores. Realizada incisão no pilar anterior com dissecção no plano entre o músculo e a amígdala, liberando toda a glândula do ápice até a base da língua. Após exérese da glândula é realizada sutura dos pontos sangrantes.
Quais são as contraindicações e os riscos?
As contraindicações são restritas as pessoas com alterações anatômicas de hiperextensão cervical, dificuldade de progressão do abridor de boca pelo ângulo de abertura da mandíbula. Pessoas com hipertensão arterial, alteração nos fatores de coagulação, processos inflamatórios ou infecciosos nas vias aéreas superiores, e os riscos pela anestesia são como em qualquer outro procedimento cirúrgico.
Como é a anestesia? Geral ou local?
A anestesia é geral.